Os amistosos das Seleção

Brasil 4x2 EUA.
Brasil 3x1 México.

Contra dois times respeitáveis e que têm ido a todas as últimas Copas do Mundo, a Seleção de Dunga fez dois bons jogos e conseguiu duas boas vitórias. Não teve brilhantismo nem um grande futebol, mas existem fatos a serem comemorados.

Principalmente porque os laterais parecem ter se acertado e, hoje, Maicon e Kleber parecem merecer mesmo as alas. Mais Kleber do que Maicon, já que Daniel Alves está aí, mas tudo bem.

Outra coisa boa desses dois jogos foi a volta de Julio César à meta. Doni não dá. E nem no banco.

A zaga com Lúcio e Juan é o ideal, embora Juan esteja acima do bem e do mal. Alex pode ser a opção que Dracena e Naldo mostraram não ser até agora.

Já o meio, com Mineiro, Gilberto, Kaká e Gaúcho se mostrou forte. Principalmente porque Kaká e gaúcho se mexeram como nunca, ajudando muito.

Robinho na frente é hours-concors. Agora seu companhia ainda é incógnita. Love tem boa vontade, mas nunca marca. Afonso deixou o seu, mas a gente sabe que está longe de ser aquele atacante.

Daí fica a dúvida: por que não jogar sem o 9? Deixem o trio Gaúcho-Kaká-Robinho lá na frente e põe o resto pra correr. Fica espaço pra Josué, Baptista, enfim.

Menos para Elano que, assim como Dunga, foi expulso contra o México. Que tal dar chance a Wagner, do Cruzeiro? Thiago Neves, do Flu...

Seja como for, o jogo contra o México muito me agradou. E agora é ver se essas seleção joga em Buenos Aires e Lima com a mesma atitude que teve em Chicago e Boston.

25ª Rodada

E a 25ª rodada do Brasileirão foi quase 100% caseira.

Dos 10 jogos realizados, foram 8 vitórias dos mandantes, um empate e apenas um triunfo dos visitantes. E a exceção a regra, mais uma vez, foi o líder São Paulo.

Jogando em São Januário, o time do Morumbi soube marcar o Vasco e bater os donos da casa por 2x0, gols de Dagoberto – em bela jogada – e Hernanes. Com isso, o Tricolor mantém a vantagem de nove pontos para o Cruzeiro, que bateu o Grêmio por 2x0.

Logo atrás vem a dupla paulista composta por Santos, em terceiro lugar após ter batido o Juventude por 1x0 na Vila, e o Palmeiras, que superou com tranqüilidade nada usual a equipe do Goiás no Palestra Itália.

Já a dupla carioca Vasco e Botafogo – que tomou nada menos que 4x1 do Náutico – cai um pouco e fica na espera da próxima rodada, juntamente com os instáveis Fluminense, Grêmio e Inter.

Na rabeira, destaque para a briga rubronegra entre Flamengo e Atlético/PR, que vêm se alternando junto com América, Juventude e Náutico. Quem se salva?

Reforços Paulistas

Já que todos os bons valores do futebol brasileiro resolveram deixar o barco, os times da série A se reforçam como podem.

Primeiro foi o São Paulo, que anunciou o volante Zé Luis e que, dizem as más línguas, anda atrás de Henrique, do Coxa. Zé Luis vem do Japão e teve boa passagem pelo São Caetano, parece boa aposta. Já o zagueiro paranaense, de 20 anos, vem se destacando na série B e pode pintar bem.

Já o Corinthians surpreendeu e anunciou logo dois reforços: Fabio Braz e Iran. Fabio estava no Vasco, é zagueiro, e está mais para o jeito truculento do que técnico de ser. Já o lateral ex-Ponte Preta apóia bem, faz gols, mas é instável demais, vamos ver no que vai dar.

A melhor contratação paulista, no entanto, continua sendo Petkovic, no Santos.

Com pouca grana e sem condições de competir com os Euros, o negócio é apelar mesmo para reforços caseiros.

23ª Rodada

A última rodada do Brasileirão deixou apenas mais claro quem ainda sonha em buscar o líder São Paulo na ponta: Cruzeiro, Vasco e mais ninguém.

Os mineiros, ajudados pelo péssimo Wilson Medonça, meteram logo 5 no combalido Palmeiras e seguem com um jogo a menos rumo à caça tricolor. Já os cruzmaltinos tropeçaram no clássico contra o Fluminense (1x1) após saírem na frente, mas continuam na batalha e vão agora ao Olímpico pegar o Grêmio.

No mais, destaque para a mais que surpreendente vitória do Corinthians sobre o Santos e para a bomba do garoto Niilton – sem barreira, Fábio Costa?! –, além, é claro, dos 6x0 do líder e da sabugada do Tuta sobre o Botafogo (3 gols a zero).

De resto, o América já está rebaixado e os Atléticos seguem instáveis, assim como Goiás, Sport, Inter e os demais. Segura!

No Maraca...

No Maracanã deu empate. Não em técnica, não em grandes lances, muito menos na qualidade das equipes, mas deu empate.

Um esforçado Flamengo entrou em campo de cabeça erguida para enfrentar um Botafogo na briga pelo título. Toró, pelo lado rubronegro, e Jorge Henrique, pelos alvinegros, fizeram boas partidas e levavam perigos com suas arrancadas.

Até que, aos 341 do 1o tempo, Juan marcou. E o Fla parou. Recuou. O Fogão foi pra cima e colocou medo no rival, empatando logo aos 13 da segunda etapa, com o próprio Jorge Henrique. Daí pra frente foi um show de passes errados e de 45 mil torcedores pilhados.

Mas terminou. 1x1, ruim para os dois, ótimo para o líder São Paulo e para o Juventude.

O clássico do líder

O primeiro tempo era muito movimentado, disputado e de alto nível no Morumbi, até que, aos 40 minutos, Dagoberto meteu uma bola magnífica para Jorge Wagner tabelar com Aloísio e marcar. O gol, que para muitos – como Parreira – é só um detalhe, mudou toda a partida.

Mesmo porque no minuto seguinte Valdívia, que era o melhor em campo junto com Dagoberto, saiu contundido. Caio Jr. apostou certo em Luiz Henrique, mas o intervalo chegou e a tranqüilidade veio junto com ele para o Tricolor.

O que se seguiu no segundo tempo foi o duelo da vontade contra a calma, com um resultado que todos conhecem desde os tempos da fábula da tartaruga e do coelho: a pressa é inimiga da perfeição e o São Paulo só administrou.

Para colocar fogo no jogo, o Palmeiras teria de abusar da velocidade, mas as entradas de Caio e Max não ajudaram muito. Edmundo, muito marcado, nada podia fazer sozinho e Makelele não achou mais espaços nas costas do autor do gol.

A solução poderia ser William aberto pela esquerda. Mas não foi e o São Paulo segue líder, com uma defesa assustadoramente segura.

Aliás, alguém segura?

Clássicos a vista!

A 22ª rodada do Brasileirão terá grandes jogos, mas dois inegavelmente se destacam: Palmeiras x São Paulo e Botafogo x Flamengo.

PALMEIRAS X SÃO PAULO
O jogo do Parque Antártica promete ser o melhor da noite – e do campeonato. Encontro do líder com o 4o colocado, na casa de quem está atrás e com boa parte dos destaques do campeonato m campo.

O São Paulo aposta na sua defesa e nos rápidos contra-ataques, que costumam começar com um dos volantes, passar pela rapidez de Dagoberto e Leandro e chegar aos pés de Borges (ou Aloísio).

O Alviverde mantém o 4-4-2, jogando com três volantes e saindo na rapidez de Makelele e Luiz Henrique pela direita, sempre bem servidos por Edmundo e Valdivia.

Se tem tudo pra ser um jogão? Sem dúvidas.

Mas o encontro do primeiro turno foi terrível. Esperemos.

BOTAFOGO X FLAMENGO
O Alvinegro vinha em queda impressionante, venceu duas seguidas, reintegrou Zé Roberto e voltou a sonhar com o título. O Rubronegro estava na lama, andou fazendo boas partidas, já saiu da zona do rebaixamento e vive dias de calmaria.

Apesar de momentos parecidos, o clássico do Maracanã tem dono e é o Botafogo. Se tudo for jogado do jeito certo, o Fogão continuará rumo a ponta e o Mengo terá de parar e rever essa subida meteórica.

Mesmo porque, convenhamos, o time de Joel é bem mais instável.