terça-feira, 24 de julho de 2007

Diamantes tipo exportação


E lá se vai mais um diamante do futebol brasileiro.

O São Paulo Futebol Clube está prestes a anunciar a venda de Ilsinho para o futebol europeu. A negociação ronda os US$15 milhões e levará o lateral-direito para a Ucrânia, onde jogará provavelmente no Shaktar - time de Elano e Jadson.

Só essa breve notícia já revela dois problemas do nosso futebol nacional: 1)Talentos que saem cada vez mais jovens; e 2)Talentos promissores que vão se esconder em mercados duvidosos.

O primeiro problema não é nem um pouco novo e reflete a fragilidade de nosso futebol. Devido à ruína de nossos clubes, ninguém consegue convencer um atleta de que ficar no Brasil é a melhor solução e eles se vão - cada dia mais jovens - rumo a outros países.

Nossos diamantes são lapidados por joalherias e grifes estrangeiras.

Já o segundo fato é um pouco mais recente, mas igualmente preocupante. Além de Ucrânica, cada vez mais nossos atletas se tranferem hoje para a Turquia, Grécia, Emirados Árabes, Qatar e afins, transformando aquele passado em que apenas se encerrava a carreira no Japão ou Estados Unidos para trás.

Nossas pedras preciosas brilham em vitrines alheias.

Hoje é Ilsinho, ontem foi Michael, Lucas, Ibson, Kaká, Robinho, Vágner Love (...) e amanhã vai ser Lulinha, Carlos Eduardo, Breno e outros da nova geração. Isso sem falar nos treinadores que também deixam o país a procura de novos mercados.

Falar o que está errado já não adianta, porque isso nós já sabemos de cor e salteado.

Mas que é triste assistir a este êxodo, isso é.

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