quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Camisa 9


Escrevendo sobre os goleiros, lembrei-me de outra constante nos debates esportivos: a procura por um centroavante.

Os saudosistas cravam que o camisa 9 está em extinção. Os mais terroristas anunciam aos quatro ventos que esse sumiço foi causado pelo futebol moderno. A torcida culpa os dirigentes. E sua namorada pergunta se atacante não é tudo igual.

Uma confusão.

Mas a verdade é que, talvez, o cenário de hoje seja uma soma de tudo isso (exceto pela dúvida de sua amada).

Primeiro porque, hoje, a grande maioria dos clubes prioriza defender. Assim sendo, priorizam também um sistema ofensivo mais rápido e que volte para buscar jogo, o que por si só já tira os espaço dos homens-gol.

O segundo fator também vem de dentro de campo. Com o futebol cada vez mais ágil, poucos garotos conseguem se formar como “matadores” nas categorias de base. Os que se destacam e fazem muitos gols são, em sua grande maioria, velocistas oportunitas – não compatíveis, portanto, com Serginho Chulapa, Evair, Viola, entre tantos outros.

Daí aquele negócio de você comentar com um amigo que o futebol brasileiro não tem mais um “nove” e ele retrucar cabisbaixo: “Tem o Ronaldo Gordo, o Adriano Cachaça, o Fred Contusão, o Aloísio e... e só”.

Mas olhando o Brasileirão com atenção podemos achar alguns centroavantes clássicos: Finazzi, Fabrício Carvalho, Somália, Max, Eder Luis, Kleber Pereira. Outros nomes, como Dodô, André Lima e Josiel – que têm feito muitos gols – são mais de movimentação e velocidade.

Enfim, eu acho que a 9 tem dono. Não que eu esteja sugerindo que coloquem a amarelinha no Somália ou no Afonso Alves, mas que tem, tem. Basta que os treinadores parem com os 3-6-1 e 3-5-2.

Em tempo, se eu tivesse que convocar um centroavante para a Seleça, HOJE, seria Ronaldo. Gordo ou não, tanto faz.

Um comentário:

felipe.bellintani disse...

pô rojas, o gordo não!!! hehehehe